O sofrimento e a ignorância


 1 Tessalonicenses 4:13 Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança.

 Este texto não é uma analogia entre o sofrimento e ignorância, não é isso que pretendo falar. Mas, sim, sobre algo que me vem a mente, quando questionamos a Deus, sobre o sofrimento, sobre o porquê estamos sofrendo. Às vezes achamos que não somos dignos, as vezes queremos ser justos, ou bons, neutros ou imparciais. A verdade é que  todos somos dignos do mal que recebemos, e quando questionamos isso, questionamos a justiça de Deus. Em Romanos 3.23 diz"Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus..." Vivemos numa sociedade que esvazia o peso e o significado de princípios santos e virtudes cristãs, como a integridade, a mansidão, a humildade, a justiça, a verdade, o respeito ao próximo, aos pais e as autoridades, entre outros. Nesta sociedade baseada também no ego, e num visão hedonista, as pessoas não conseguem perceber a sombra do seu próprio mal, num ato aparentemente de bondade. Mesmo a inocente criança chora de birra, demonstrando um egoísmo enraizado.

 Nossa perspectiva míope também sustenta nosso raciocínio injusto, principalmente no tocante aos sofrimento daqueles que são realmente justos e ou de um criança realmente inocente. Digo realmente pois a justiça de Deus vem de um senso o incontaminado de justiça, ou seja, sem a influência de ideologias, de sentimentos que o possa tornar parcial, de um conhecimento sobre o ser humano o qual é oniciente(absoluto em todos os aspectos) e presciente( sabe tudo de antemão). E por estar fora do tempo e espaço toda a realidade lhe é agora não existe ontem, nem amanhã, apenas o presente, então ele conhece o homem não num mal hipotético, mas, ele conhece o homem no seu mal real. Aquele dito justo, aquele dito inocente, ele vê a sua corrupção fresca aos seus puros olhos eternos. Não existe pré crime para Deus que vê o longe perto, ele não prevê ele vê, ele não senha ele toca, então seu julgamento é mais do que justo. Elizeu chorou ao prever as terríveis crueldades que o futuro rei da Síria, Hazael, causaria ao povo de Israel. (2 Reis 8. 11-29). Hazael veio saber se o rei sararia, e Elizeu disse que sim, mas, que também iria morrer, e foi neste momento que Deus lhe deu uma terrível visão a respeito daquele homem que estava diante dele. Para Elizeu era uma visão, mas, para Deus era uma realidade, Hazael se esquivou com uma resposta, mas, porque ele não via o caminho que o levaria até aquela realidade.

Então quando digo que nossa visão é míope é porque não vemos a eternidade, e ignoramos o que Deus não ignora. As pessoas que não tem Deus, também ignoram que o justo descansa com Deus e é livre do sofrimento na morte, mas, o ímpio na morte é lançado num sofrimento ainda maior e eterno.

Como cristãos somos conhecedores de que a nossa vida não acaba aqui, que a eternidade está além e é indescritível infinita em comparação com uma mínima parcela de nossa existência, chamada vida terrestre. Logo, " estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada." (   Romanos 8.18).

E as crianças, que mal elas cometeram, para que justificasse seu sofrimento? E as que já nascem com um problema, quando foi que ela plantou para que tivesse sobre si este mal? É porque ele deveria sofrer, e ou ser condenado  pelo mal que seus pais cometeram? A princípio eles não foram condenados, mas, já sofrem, não a condenação advinda de um julgamento. E ainda não chegaram lá, diante do grande tribunal. Então este sofrimento correspondente a condenação, ou o sofrimento que as pessoas ainda irão sofrer depois de terem sido julgadas por Deus, destes as pessoas incrédulas ainda nem tem ciência.  E  é aí, que entra a relação entre o sofrimento e a ignorância.  Alguns sofrem por ignorância,  outros são ignorantes acerca do sofrimento. 

Desta vida o sofrimento em suas várias formas e graus faz parte. Mas, quando alguém questiona o sofrimento, elas o fazem, daqueles que possuem um tom de crueldade, ou são aqueles infligidos pelos homens aos outros,direta ou indiretamente, ou são aqueles que vem como sequelas de nossas condutas e escolhas. Mas, o sofrimento em si é algo tão natural a está vida como o respirar. As pessoas sentem, e por isso sofrem, tirar o sofrimento seria, tirar a sensibilidade das pessoas, torná-las frias diante do mal. O sofrimento leva pessoas egoístas ou não a tomar atitudes, é claro cada uma reage a seu modo, tem pessoas que se travam em idéias que as fazem se isolar em profundos sentimentos amargos. Mas, outras reagem com iniciativas na intenção de aliviar seus sofrimentos e os de outros. Mas, parte do sofrimento e ou do agravamento deste, se dá pela ignorância. Ignorância seja, da realidade espiritual como daqueles que não sabem que a vida é mais que este pequeno tempo que passamos neste mundo. Ignorância por desconhecer os propósitos e planos de Deus e o descanso eterno que Ele tem preparado para aqueles que n'Ele confiam. Entre outras que só agravam o sofrimento, seja daqueles que vêem de fora, ou dos que estão vivenciando um momento difícil. Para aqueles que estão de dentro vivenciando um momento difícil, a ignorância está em não descansar nAquele que tudo pode, em ignorar que pode colocar a sua causa nas mãos de Deus e precisa confiar que aconteça o que aconteça Ele sabe o que faz. Sim quando Ele toma a nossa batalha em suas mãos, é Ele quem está lutando agora e não nós, então nesta hora precisamos descansar n'Ele sabendo que se Ele está lutando Ele fará o melhor.

Então além dos que sofrem por ignorância como já afirmamos tem aqueles que são ignorantes acerca do sofrimento. Nem todos o sofrimento é um mal, pode ser olhando pela ângulo daquele que está experimentando este sofrimento, mas, olhando por outro ângulo o sofrimento para alguns é como no caso da borboleta uma metamorfose. É algo da parte de Deus que vem para transformar a pessoa na jóia rara de benção a qual Ele projetou para que fosse. A Bíblia diz que de Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. O que vem de Deus, por se originar dEle, pode para quem experimenta parecer ser mal, em alguns contextos, mas, é por que a mente a pessoa ainda não foi transformada pela renovação de sua mente, e por isso ainda não experimentou que está é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.(Romanos 12.1,2)

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